ZOOLOGIA: INTRODUÇÃO
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CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Os seres que chamamos de animais tiveram como ancestral comum um protoctista flagelado (coanoflagelado) em que suas células formavam uma colônia e trabalhavam em um sistema de cooperação para o bem da colônia. A apomorfia de todos os seres deste reino é o surgimento da blástula.
1.1. Todos os animais são seres multicelulares, característica essa que discerne estes dos Eubactéria, Protoctistas e Arquéia.
1.2. São eucariotos, ou seja, apresentam membrana nas células, citoplasma e núcleo revestido com carioteca.
1.3. Heterotróficos. Digestão intracelular (poríferos e cnidários) e extracelular (demais filos). Característica que discerne os Metazoa das Eubactéria, Archea, Protoctistas, Fungi e Metáfita.
1.4. Sem parede celular.
1.5. Seu organismo é constituído por tecidos musculares auxiliados por algum esqueleto que permitem o animal se movimentar.
1.6. Apresentam o glicogênio como principal reserva energética celular. Armazenados ou no fígado ou nas células do tecido muscular.
1.7. Maior reino dentre os seres vivos do planeta.
1.8. A comunicação entre as células se dá por dois tipos de comunicação: física e hormonal.
1.8.1. Comunicação Física: Para que haja cooperação entre as células, elas devem ter algum tipo de conexão entre elas que façam com que permaneçam juntas possibilitando o transporte das substâncias. As interações na membrana plasmática se constituem em especializações chamadas de junções intercelulares. São elas: desmossomos, zônulas oclusivas, nexos e zônula de adesão.
1.8.1.1. Desmossomos: Ponte estabelecida entre duas células vizinhas, por onde são conectados filamentos proteicos, formando-se assim, uma forte estrutura tensora, formada por proteínas intra e extracelulares. Estão presentes principalmente no músculo cardíaco e no tecido epitelial, devido a constante tensão ocorrente nesses tecidos.
1.8.1.2. Zônulas oclusivas: União das células intestinais que impedem a passagem de armazenamento de substâncias e macromoléculas no espaço intercelular.
1.8.1.3. Nexos: Regiões de comunicação entre as membranas das células vizinhas estabelecidas por proteínas transmembranares das células. Formam poros permitindo a passagem de pequenas moléculas e íons. São encontrados nas células hepáticas, cardíacas e nos tecidos embrionários.
1.8.1.4. Regiões de união entre células por substâncias intercelulares adesivas, promovendo aderência sem que haja contato de fato entre as membranas, impedindo a passagem e armazenamento de substâncias e macromoléculas.
1.8.2. Comunicação hormonal: Hormônios secretados por glândulas endócrinas que podem estabelecer dois tipos de comunicação entre elas: parácrinas e neuronal.
1.8.2.1. Comunicação parácrinas: Moléculas atuam nas células vizinhas e encontram a célula-alvo por difusão.
1.8.2.2. Comunicação neuronal: São realizadas por moléculas neurotransmissoras que ocorrem nas sinapses entre os neurônios e nas células musculares ou glandulares.
1.9. A blástula é a característica apomórfica dos metazoários. Corresponde à segunda fase de desenvolvimento do embrião dos animais. ‘’Nesse estágio do desenvolvimento o organismo se apresenta como uma esfera constituída por uma camada externa de células menores (citotrofoblasto) e outras maiores o sinciciotrofoblasto, que constituem os blastômeros, e um espaço interno cheio de líquido (cavidade = Blastocele). Assim, o embrião animal apresenta uma cavidade interna chamada blastocele.’’
‘https://segundocientista.blogspot.com/2016/05/zoologia-introducao-ao-reino-metazoa.html#comment-form).
1.10.1. Além das comunicações físicas que as células estabelecem entre si, há também a presença do colágeno. Estrutura presente na matriz extracelular juntamente com filamentos de proteínas elásticas, que confere aos animais a possibilidade de estender um membro sem ‘’romper’’ as ligações. Os colágenos podem ser classificados em grupos de acordo com sua variedade em composição, comprimento, e estrutura molecular. Existem aproximadamente 30 tipos de colágeno, sendo o mais comum aquele que encontramos na pele, tendões e ossos.
1.10.1.1. Colágenos que formam longas fibrilas: agregam-se e formam longas fibrilas que podem ser vistas ao microscópio eletrônico.
1.10.1.2. Colágenos associado a fibrilas: Ligam as fibrilas de colágeno umas às outras e também a outros componentes da matriz extracelular.
1.10.1.3. Colágenos que formam redes: Associam-se criando uma espécie de rede.
1.10.1.4. Colágenos de ancoragem: Encontrado nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno formador de rede na lâmina basal.
1.10.2. O colágeno tem a função de contribuir para a resistência, coesão e elasticidade dos tecidos os quais ele se encontra. Responsável por garantir a integridade da matriz extracelular ou atuar na fixação de células nessa matriz. O colágeno também é extremamente importante na cicatrização e regeneração.
1.11. A maioria dos animais têm simetria bilateral (duas metades do corpo simétricas). Podem ter também simetria radial (vários planos longitudinais a partir do centro do corpo, como os equinodermos) ou podem não ter simetria alguma (as esponjas por exemplo).
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/colageno.htm
https://biologiadasguria.wordpress.com/page/9/
https://vitaeessentia.wixsite.com/vitae/blog
https://segundocientista.blogspot.com/2016/05/zoologia-introducao-ao-reino-metazoa.html#comment-form
EMBRIOLOGIA
O desenvolvimento embrionário corresponde ao conjunto de processos multiplicativos e diferenciações celulares que guiam à formação de tecidos de um embrião. Este processo culminam na organogênese. Tais processos e seus detalhes são de extrema importância na classificação dos animais, uma vez que cada espécie tem sua blastia (características referentes aos folhetos embrionários), estomia (Origem da boca, antes ou após o ânus) e celoma (Cavidade onde se encontram os órgãos internos).
O desenvolvimento embrionário é dividido em 3 partes: segmentação, gastrulação e organogênese.
Ao ocorrer o encontro do espermatozoide com o óvulo, há a formação do zigoto. O zigoto possui dois polos, o vegetativo e o animal. O polo vegetativo corresponde à parte do zigoto formada pelo vitelo (reserva de nutrientes responsável por atender as necessidades nutritivas da célula). Recebe esse nome pois essa parte da célula carece de citoplasma, logo não ocorre reações citoplasmáticas. Já o polo animal corresponde à parte do zigoto formada pelo citoplasma. Essa parte da célula é responsável por toda reação citoplasmática, ou seja, a parte ativa da célula.
Os Isolécitos, por não terem grande reserva energética formaram espécies simples de animais, que não demandam muita energia para se formarem. Podem também formar espécies mais complexas, mas com a dependência de uma fonte externa de nutrientes. Sendo assim, são responsáveis pela formação dos mamíferos, poríferos e equinodermos.
Os heterolécitos, por terem uma quantidade média de vitelo, serão formadores de espécies que não demandam tanta energia para sua formação, geralmente em estágio larval vindo a sofrer metamorfose mais adiante. Os representantes desse tipo de célula ovo são os anfíbios, peixes ósseos e moluscos.
Os telolécitos irão formar indivíduos prontos, que não passam pela fase larval e não recebem nutrientes externos. Logo, precisam de uma grande quantidade de vitelo devido à sua complexidade. Os representantes desse tipo de zigoto são as aves, répteis e peixes cartilaginosos.
Os centrolécitos formarão os artrópodes.
Dito isso, seguimos com o processo de segmentação ou clivagem, ou seja, a célula sofre uma série de multiplicações mitóticas formando células chamadas de blastômeros. Estes, em conjunto, formam a mórula.
A segmentação do zigoto pode ocorrer de diferentes formas dependendo do tipo de zigoto. Isso deve-se ao fato de que quanto mais vitelo o zigoto possuir, mais difícil será sua divisão devido à falta de estruturas responsáveis pela mitose nessa região da célula.
Isolécitos – Segmentação holoblástica igual
Heterolécitos – Segmentação holoblástica desigual
Telolécitos – Segmentação discoidal
Centrolécitos – Segmentação superficial
Após a formação da mórula forma-se a blástula, seguindo o desenvolvimento forma-se a gástrula (onde surge o blastóporo e o arquênteron, intestino primitivo). Esta segue diferentes destinos dependendo do filo que representa. O destino do blastóporo é de grande importância pois nos animais mais ancestrais ele originará a boca, já nos animais mais derivados, originará o ânus.
Assim, há diversos tipos de embriões entre os animais, como por exemplo: diblásticos, triblásticos acelomados, triblásticos pseudocelomados, etc...).
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
https://segundocientista.blogspot.com/2016/05/zoologia-introducao-ao-reino-metazoa.html#comment-form
https://vitaeessentia.wixsite.com/vitae/blog
https://biologiadasguria.wordpress.com/page/9/
ORIGEM DOS METAZOÁRIOS
‘’A Teoria da Endossimbiose de Lynn Margulis, afirma que organelas, que hoje fazem parte das células eucarióticas surgiram como consequência de uma associação simbiótica estável entre organismos procariotos. A teoria afirma que os cloroplastos e as mitocôndrias (organelas membranosas) das células eucarióticas (células cujo DNA esta envolto pela carioteca) têm origem num procarioto autotrófico – provavelmente um antepassado das cianobactéria - que viveu em simbiose dentro de outro organismo, também unicelular procarioto, mas provavelmente de maiores dimensões, obtendo assim proteção e fornecendo ao hospedeiro energia produzida pela fotossíntese. Dessas associações simbióticas surgiu a célula eucariota. Sendo que o núcleo teria surgido pela invaginação da membrana plasmática ao redor do mesossomo fornecendo uma proteção ao material genético. Dessa forma podemos explicar o surgimento dos eucariotos como os conhecemos hoje.
Assim, também os animais (METAZOÁRIOS) necessitam ter sua existência explicada de alguma forma. Existem historicamente três teorias, que lidam com a explicação da origem dos animais (metazoa) e são elas: teoria colonial, teoria sincicial, e teoria simbiótica. (Na literatura são registradas cinco teorias que tentam explicar a origem dos animais: teoria da gástrula, teoria da plácula, teoria da bilaterogastrea, teoria da fagocitela e teoria da plânula)’’
(Texto retirado de: https://segundocientista.blogspot.com/2016/05/zoologia-introducao-ao-reino-metazoa.html#comment-form)
1. TEORIA COLONIAL:
‘’A teoria mais frequentemente citada para explicar o surgimento dos animais é a teoria colonial, proposta por Ernst Haeckel em 1874, mais tarde modificada pelo biólogo russo Ilya Ilych Mechnickov (1845-1916) em (1887) e retrabalhada por Libbie Henrietta Hyman (1888-1969) em (1940). De acordo com essa teoria os parentes e ancestrais mais próximos dos animais (Metazoa), são os coanoflagelados (Choanoflagellata), um grupo de protozoários cosmopolitas que apresentam algumas características compartilhadas com os animais mais primitivos, as esponjas. Os coanoflagelados podem ser livres ou sésseis, e viver como células solitárias ou formar colônias. Além de características moleculares e ultraestruturais, o que salta mais imediatamente à vista nos coanoflagelados é a sua morfologia celular: a célula possui o flagelo envolto num colarinho, (muito semelhantes aos coanócito dos poríferos) que juntamente com o flagelo, participa na captura de partículas alimentares, alimentando-se como filtradores. Segundo a teoria de Haeckel, os animais se originaram a partir de protoctistas flagelados coloniais os coanoflagelados. Seriam esferas ocas com células flageladas na superfície externa, semelhante ao protoctista atual do gênero Volvox sp. Apresentariam um eixo anterior-posterior e nadavam com o polo anterior voltado para frente, além de apresentar diferenciação celular entre células somáticas e reprodutivas (gônadas, internas).
Essa teoria é corroborada pelos seguintes fatos
A presença de células espermáticas flageladas - a presença de células somáticas flageladas nos metazoários tanto basais (coanócitos nos poríferos e células epitélio glandulares nos cnidários), como nos grupos derivados, por exemplo, cordados.
Os protoctistas flagelados exibem a tendência a uma organização colonial que pode ter conduzido a uma organização pluricelular por exemplo no gênero Volvox sp.
Segundo Haeckel (1874) essa colônia primitiva em forma de esfera oca com células flageladas externas (semelhante ao protoctista do gênero Volvox sp.) e que apresenta um eixo ântero-posterior definido, que nada com a parte anterior dirigida para frente e que apresenta diferenciação entre células somáticas e gaméticas internas, devia ser uma fase evolutiva denominada BLASTEA.
De acordo com essa teoria a blástula (desse organismo ancestral blastea) se invaginou formando um novo organismo com parede dupla (formando os folhetos: endoderma e ecotoderma dos grupos derivados) em forma de um tubo com apenas uma abertura o blastóporo e uma segunda cavidade interna o arquênteron (o que dá origem aos GASTREA). Assim, essa GASTREA (animal) seria o metazoário ancestral hipotético equivalente ao estágio de gástrula no desenvolvimento embrionário dos animais atuais. Corroborando essa ideia podemos citar os hidrozoários medusoides (considerados os cnidários mais ancestrais) que apresentam duas paredes (folhetos) (a gastroderme e a ectoderme) e uma única abertura que desemboca na cavidade digestiva (arquênteron). Além disso os as evidencias apontam para uma origem dentro dos opistokonta
Os Opisthokonta são organismos eucariotos que formam um clado estritamente monofilético (um ramo evolutivo com um único ancestral comum) no qual coexistem algumas formas unicelulares flageladas, inclui os reinos dos fungos verdadeiros (Fungi) e dos animais verdadeiros (Metazoa ou Animalia).
O nome OPISTHOKONTA é uma alusão ao flagelo, singular (único) quando está presente, e que ocupa uma posição posterior, fazendo a célula avançar para a frente dele (funciona como um propulsor atras da célula), como se vê nos espermatozoides dos animais.
Em outros ramos dos eucariotos em que ocorrem flagelos, estes são normalmente dois e situam-se à frente da célula durante o seu movimento.
Nos grupos clássicos de fungos não existem fases flageladas, mas estas são muito comuns no grupo tradicionalmente tratados como Protista (Protoctista), mas que agora sabemos que fazem parte do mesmo clado.’’
(texto retirado de: https://segundocientista.blogspot.com/2016/05/zoologia-introducao-ao-reino-metazoa.html#comment-form)
2. TEORIA SINCICIAL:
‘’Hadzi J. e Hanson, E.D. (1950), sugerem que os animais (eucariotos, multicelulares, heterotróficos por ingestão, blástula como apomorfia) teriam se originado a partir de um grupo de protistas ciliados, multinucleados, semelhantes ao Paramecium sp., com simetria bilateral e de hábito bentônico (viviam rastejando no fundo da água com sua cavidade oral, voltada para o substrato).
Mais tarde teria ocorrido a formação de uma semi-membrana interna separando os núcleos. A partir disso, esta nova camada formaria a epiderme que envolveria uma massa interna a endoderme resultando um organismo semelhante a um verme achatado ancestral (platelminto) acelomado (sem uma cavidade interna) diblástico. Esta teoria ostenta uma origem difilética para metazoários: os poríferos teriam se originado de um grupo de protoctistas ancestrais (cnidários, platelmintos, nematoda, molusco, anelídeos, artrópodes, equinodermos e cordados) teriam se originado de platelmintos acelomados.
A teoria sincicial é corroborada pela similaridade existente entre ciliados e acelomados tais como: pequeno tamanho, semelhança no hábito alimentar, bilateralidade, presença de muitos cílios em uma mesma célula.’’
(Texto retirado de: https://segundocientista.blogspot.com/2016/05/zoologia-introducao-ao-reino-metazoa.html#comment-form)
3. TEORIA SIMBIÓTICA:
‘’Um procarioto fermentador primitivo, sofreu diversas invaginações em sua membrana e estabeleceu relações com outros organismos procarióticos; com o passar do tempo surgiu o núcleo e as outras células englobadas passaram a desempenhar o papel de organelas. essas diferentes células eucariotas assim formadas passaram a cooperar entre si formando uma colônia. Por exemplo células flageladas, ameboides e ciliadas formaram uma colônia. Com o passar do tempo foram se diferenciando em tecidos e surgiu então o primeiro metazoário. É a teoria menos corroborada e menos defendida para o surgimento dos metazoa.’’
(texto retirado de: https://segundocientista.blogspot.com/2016/05/zoologia-introducao-ao-reino-metazoa.html#comment-form)
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
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PORÍFEROS
Características Gerais:
Também conhecidos como espongiários (esponjas), são animais aquáticos tanto de ambientes marinhos quantos de água doce. Vivem fixos a rochas e, por isso, são considerados sésseis. Há falta de tecidos verdadeiros, ou seja, são parazoários. Devido ao fato de seu corpo ser atravessado por inúmeros poros, forma denominados poríferos, que significa portador de poros.
Estrutura:
Os poríferos têm a forma assemelhada a um barril. Sua cavidade interior denomina-se átrio ou espongiocele. A água do ambiente entra para essa cavidade por meio dos poros presentes na parede corporal, trazendo nutrientes e oxigênio. Após a passagem pelo átrio, a água sai por uma grande cavidade na parte superior, o ósculo, levando resíduos e gás carbônico. Há outras estruturas mais específicas que desempenham diversas funções, são elas:
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Pinacócitos: Servem para proteção e se encontram na parte externa da parede do corpo da esponja.
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Mesohilo: Camada gelatinosa onde se encontram os amebócitos, arqueócitos, colêncitos, escleroblastos e as espículas.
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Espículas: Elementos de sustentação assemelhadas a agulhas. Há milhares de tipos de espículas.
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Amebócitos: Responsáveis pelo transporte de nutrientes e produzem células gaméticas. Assemelha-se com as células do nosso sangue ao compararmos suas funções.
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Escleroblastos: Produzem espículas
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Coanócito: Células flageladas que revestem o átrio da esponja. São responsáveis por capturar nutrientes utilizando-se de movimentos circulares (vortex) realizados com seu flagelo dentro do átrio. Também realizam a digestão, que nos poríferos é intracelular.
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Porócitos: Estruturas encontradas na camada externa que permitem a passagem de água e nutrientes do meio externo para dentro do átrio.
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Gêmula: Pequenas bolsas geradas durante a gemulação, processo reprodutivo, que possui, em seu interior, diversas células como os amebócitos.
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Arqueócitos: Células indiferenciadas que podem dar origem aos diversos tipos celulares. Têm papel fundamental na distribuição de nutrientes e secundário na digestão dos alimentos. Originam brotos e gêmulas, ambos estruturas reprodutivas, bem como óvulos e espermatozoide. Assemelha-se às células tronco.
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Colêncitos: Células especializadas em secretar colágeno.
São reconhecidos três tipos de estruturas de esponjas: Asconóide (A), siconoide (B) e Leuconoide (C). Áscons, Sícons e Lêucons. Diferem entre si pela complexidade da parede do corpo e números de coanócitos. O Áscon é o tipo estrutural mais simples dos três, seguido pelo Sícon e pelo Lêucon, nesta ordem.
Reprodução:
Os poríferos podem se reproduzir tanto sexualmente como assexuadamente. A reprodução assexuada pode ocorrer por regeneração, brotamento ou gemulação. Já a sexuada ocorre com fecundação interna e o desenvolvimento é indireto.
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Reprodução assexuada:
1.1. Brotamento: Um broto lateral se desenvolve colado à esponja geradora. Eventualmente, o broto se destaca e dá origem a um novo indivíduo.
1.2. Regeneração: Um fragmento de esponja, graças a grande quantidade de amebócitos, é capaz de se regenerar e formar um novo indivíduo. Quando de volta a condições favoráveis, os arqueócitos formam um novo indivíduo.
1.3. Gemulação: Este tipo de reprodução assexuada ocorre necessariamente apenas em espécies dulcícolas (vive em água doce). Originam-se gêmulas no interior da esponja (estruturas de resistência). São formadas por células indiferenciadas e cercadas por um rígido envoltório.
2.Reprodução sexuada:
2.1. Fecundação interna: Nesse processo, um coanócito se transforma em espermatozoide e é liberado na água. O mesmo é transportado por outro coanócito até chegar a uma outra esponja. Na esponja receptora, o espermatozoide fecunda um óculo formado por um coanócito ou por um amebócito. Essa fecundação ocorre dentro do mesohilo, por isso chama-se fecundação interna. O zigoto formado dá origem a uma mórula e depois a uma anfiblástula (espécie de larva). Como há fase larval, o desenvolvimento é indireto. A anfiblástula fixa-se a um substrato, se desenvolve e forma um novo indivíduo.
CNIDÁRIOS
Os cnidários, ou celenterados, são organismos pluricelulares que vivem em ambientes aquáticos, sendo a grande maioria marinha. O filo Cnidária apresenta mais de 11.000 espécies e os principais representantes do grupo são as águas-vivas, os corais, as anêmonas-do-mar, as hidras e as caravelas.
Em relação à origem do nome a palavra celenterado deriva do grego Koilos, que significa compartimento ou cavidade, e entheron, que diz respeito a intestino.
A palavra cnidário deriva do grego knidos e significa urticante; fazendo referência aos cnidócitos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
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Presença de tecidos verdadeiros: primeiro grupo dos metazoários a apresentarem tecidos verdadeiros: Epiderme e gastroderme
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São organismos diblásticos ou diploblásticos: a ectoderme do embrião origina a epiderme e a endoderme do embrião dá origem a gastroderme, com células epitélio-digestivas.
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Presença de tecidos verdadeiros
Simetria Radial
2. Simetria Radial: O corpo do animal pode ser dividido de forma idêntica por vários planos dispostos em torno de um eixo longitudinal. Característica encontrada em alguns poríferos e em todos os cnidários.
3. Sistema nervoso: primeiro filo a apresentar sistema nervoso do tipo difuso com os neurônios espalhados pelo corpo do animal formando uma rede. Apesar de primitivo e sem gânglios, possibilita a coordenação das atividades, percepção de estímulos externos, captura de alimento e fuga de predadores. (Abaixo comparação entre o sistema nervoso de um cnidário e um anelídeo).
4. Digestão: Primeiro organismo a apresentarem um intestino primitivo, correspondente a cavidade gastrovascular oriunda do arquêntero. A digestão inicia no intestino (digestão extracelular) e termina nas células epitélio-digestivas (digestão intracelular); assim, esses organismos apresentam ambas: digestão extracelular e intracelular. A cavidade gastrovascular tem a função de digestão e de fazer circular os nutrientes.
5. Presença de tentáculos: circundam a boca e auxiliam na captura de da presa (alimento) e também na defesa do organismo.
6. Cnidoblastos ou cnidócitos: células especias para ataque e defesa que ao serem tocadas lançam o nematocisto, estrutura penetrante que possui um longo filamento através do qual o líquido urticante contido em seu interior é injetado. As células estão ligadas também a rede nervosa do corpo do animal, que promove o disparo coordenado de toda uma bateria de cnidoblastos de uma região do animal.
“Características Gerais”: Adaptado de https://segundocientista.blogspot.com/search?q=cnidarios
RESUMO:
Sistema Digestivo – incompleto (intra e extracelular);
Sistema Circulatório – ausente (os alimentos se difundem através da cavidade gastrovascular);
Sistema Respiratório – ausente (trocas gasosas diretamente com o ambiente),
Sistema Excretor – ausente (as excretas são liberadas diretamente no meio extracelular);
Sistema Nervoso – presente (difusamente espalhado pelo corpo)
CLASSIFICAÇÃO E PRINCIPAIS REPRESENTANTES:
Hydrozoa: Hidras e caravelas (únicos cnidários com representantes marinhos e de água doce);
Scyphozoa: Águas-vivas (a medusa é a forma predominante do ciclo de vida e geralmente é grande. O pólipo dos cifozoários é muito reduzido e em alguns poucos casos, ausentes)
Anthozoa: Anêmonas e corais (apresenta apenas indivíduos na forma de pólipos);
Cubozoa: Vespas do pacífico (Entre eles estão representantes que causam graves acidentes em seres humanos)
REPRODUÇÃO: Os cnidários podem apresentar reprodução assexuada e sexuada.
A reprodução assexuada ocorre por brotamento, comum em hidras de água doce e em algumas anêmonas marinhas. Na superfície do corpo existem brotos que ao se desenvolverem, desprendem-se e originam novos indivíduos.
Reprodução Sexuada: Os machos e as fêmeas liberam os seus gametas sexuais na água, encontrando-se e conjugando-se nesse local, originando o zigoto (existem espécies onde esse encontro ocorre na cavidade gástrica da fêmea). Posteriormente, as larvas plânulas ciliadas, originárias do zigoto, ao encontrarem um substrato, se fixam virando pólipos. Em certos cnidários, como os corais, a fase de pólipo é a definitiva. Entretanto, em determinados casos, os gomos acabam por dividirem-se em discos sobrepostos, por meio de um processo conhecido como estrobilação, sendo esta também é outra forma de reprodução do tipo assexuada. Esses discos se libertam e originam medusas pequenas, denominadas efíras que crescem e podem se reproduzir de forma sexuada configurando processo de metagênese ou alternância de gerações
PLATELMINTOS
Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos.
Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.
Características Adaptativas:
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Platelmintos possuem tecidos diferenciados.
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São triblásticos (3 folhetos embrionários).
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Realizam digestão intracelular e extracelular.
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Sistema digestório é incompleto. Forma apenas a boca (protostômio), que serve tanto para a entrada de alimento, quanto para a excreção de resíduos.
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Não possui sistema respiratória. O corpo achatado dos platelmintos facilita as trocas gasosas, absorvendo gás oxigênio do ambiente e expelindo gás carbônico.
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Possuem simetria bilateral.
Estrutura:
Além de tecidos diferenciados, os platelmintos tem órgãos definidos e são triblásticos: possuem três folhetos embrionários a endoderma, mesoderma e ectoderma. Outra característica evolutiva é a simetria bilateral (aparece pela primeira vez na escala evolutiva), isto é, com um único eixo de simetria.
Como os cnidários, os platelmintos realizam digestão extracelular e intracelular. O sistema digestório é incompleto, visto que a cavidade digestória tem apenas boca, servindo tanto para entrada quanto saída de alimentos.
Os platelmintos não possuem sistema cardiovascular: a cavidade digestória, geralmente muito ramificada, facilita a distribuição de nutrientes por todas as partes do corpo. Também não apresentam sistema respiratório.
Na maioria dos platelmintos, o sistema nervoso apresenta um par de gânglios cerebrais na região anterior do corpo, e cordões nervosos longitudinais. Ainda na região anterior, estão as principais estruturas sensoriais, como os ocelos, fotorreceptores que não formam imagens, apenas comunicam aos centros nervosos a direção e a intensidade de luz.
A musculatura é do tipo lisa, que favorece a movimentação e locomoção do animal, podendo ter a colaboração de cílios, caso estejam presentes. Essa musculatura lisa forma o túbulo músculo-dermático, que é uma unidade funcional com a pele.
Os platelmintos não possuem sistema circulatório. O alimento digerido é enviado para as células por difusão, graças a um intestino bem ramificado, pois ele é gastrovascular.
Reprodução sexuada:
Existem platelmintos dioicos (sexos separados) e monoicos (hermafroditas).
Nos monoicos ocorre a autofecundação, pelo qual os espermatozoides de um indivíduo fecundam os óvulos dele mesmo, ou a fecundação cruzada, em que os espermatozoides de um indivíduo fecundam os óvulos do outro. Já nos dioicos temos somente a presença da fecundação cruzada.
A fecundação é necessariamente interna e o desenvolvimento do novo indivíduo pode ser direto (sem estágio larval) ou indireto (com estágio larval).
Reprodução assexuada:
Se dá por um processo de divisão e regeneração. A divisão ocorre por estrangulamento do corpo e pode ser transversal ou longitudinal. Em seguida, cada parte originada pela divisão, formará um novo indivíduo (regeneração).
Reprodução Sexuada
Reprodução Assexuada
FILO NEMATODA
Os nematelmintos são chamados de verme cilíndricos ou alongados. Podem também ser chamados de nematóides ou, ainda, nematódeos, e estão agrupados dentro do filo Nematoda, que teve origem a partir do reino dos platelmintos, No Reino Animal. São organismos não segmentados e invertebrados.
Os nematelmintos geralmente são encontrados em ambientes aquáticos (água doce ou salgada), ou em ambientes terrestres úmidos. Podem viver também dentro de outros organismos, operando como um parasita. Por volta de 50 espécies de nematóides estabelecem relação de parasitismo. Temos como exemplos de vermes nematelmintos os Ancylostomas e as Lombrigas, causadores, respectivamente, da Ancilostomose e da Ascaridíase.
Outro representante importante deste filo é o Caenorhabditis elegans, que é famoso por ser modelo de estudos envolvendo invertebrados. É muito utilizado na ciência para substituir animais que demoram mais para se desenvolver ou que tem uma resposta metabólica lerda.
C. Elegans adulto.
Nematóides visto no microscópio
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
São seres pluricelulares e eucariontes;
São organismos triblásticos, ou seja, possuem três folhetos embrionários, são eles: endoderma, mesoderma e ectoderma;
Também são animais pseudocelomados, sendo assim, a mesoderma delimita uma parte da cavidade, sendo a outra parte delimitada pelo endoderma. Pois o celoma só é verdadeiro quando é completamente revestido pelo mesoderma;
Outra característica fundamental é que possuem sistema digestório completo, são os primeiros animais a possuírem boca e ânus;
Possuem corpo cilíndrico e alongado, com simetria bilateral, podendo dividir seu corpo em duas partes iguais (região posterior e anterior). Podem apresentar uma cutícula proteica protetora acima da epiderme e abaixo da epiderme, apresentam células derivadas do mesoderma que possuem capacidade de contração, auxiliando na locomoção.
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Fisiologia:
De modo geral, os nematelmintos apresentam muita similaridade fisiológica com os platelmintos. As diferenças centrais estão nos processos digestivos e em algumas particularidades do sistema excretor.
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Sistema Digestório e Excretor
Sistema digestório completo, possuem boca, faringe, intestino e ânus. É uma importante aquisição evolutiva, pois o alimento percorre somente um caminho, o que aumenta a eficiência do sistema digestório e permite o processamento de partículas que estão no interior do tubo digestivo.
Podem ser carnívoros, herbívoros ou ainda hematófagos (se alimentando do sangue do hospedeiro).
O sistema de excreção ocorre através do armazenamento de excretas, na forma de amônia, no pseudoceloma. Estas são difundidas para o meio externo com auxílio de glândulas presentes ao longo do corpo do nematóide, que se abrem em um poro excretor.
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Sistema Respiratório e Circulatório
Os nematelmintos não possuem órgãos especializados em respiração e na circulação de substâncias. As trocas gasosas ocorrem através da pele e dos tecidos por difusão, e os nutrientes são absorvidos diretamente pelas células dos tecidos.
Podem sobreviver tanto em ambientes aeróbios, quanto em ambientes anaeróbios. Geralmente, os vermes nematóides adultos são anaeróbios e as larvas de vida livre fazem respiração aeróbica.
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Sistema Nervoso e Sensorial
Apresentam sistema nervoso ganglionar, centralizado na faringe. Possuem dois cordões nervosos ligados, que percorrem a região dorsal e ventral do corpo. Nas regiões da cabeça e da cauda estão concentradas diversas papilas sensoriais, que têm a função de permitir que o organismo responda aos estímulos ambientais.
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Reprodução
Os nematelmintos podem ser dioicos (com sexos separados), ou monoicos (ambos os sexos em um único indivíduo, ser hermafrodita). Alguns nematoides dioicos apresentam, ainda o dimorfismo sexual, que apresenta diferenças anatômicas entre os indivíduos de sexos divergentes.
Os seres dioicos apresentam reprodução sexuada, com o macho introduzindo a sua estrutura reprodutiva, chamada de espícula peniana, no poro genital da fêmea e lançando o espermatozoide no interior do organismo feminino para encontrar o óvulo. A fecundação gera um zigoto que se encontra dentro dos ovos que são liberados pelo poro genital.
Já os hermafroditas fazem a autofecundação, que não possui variabilidade genética.
Nos nematóides parasitas, o homem é o hospedeiro definitivo, sendo nele o local onde ocorre a reprodução sexuada e a formação de ovos, que podem ser liberados no ambiente pelas fezes do ser humano. Em algumas espécies, vermes podem ir para a corrente sanguínea, onde são sugados junto com o sangue do ser humano para um hospedeiro intermediário. No ambiente, esses ovos podem contaminar águas, solos e plantas, podendo ser ingeridos por outros hospedeiros definitivos.
VERMINOSES CAUSADAS POR NEMATELMINTOS:
Ancilostomose:
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Popularmente conhecida como amarelão, mais comum nas zonas rurais, é um parasita intestinal, provocado pelos nematódeos da família Ancylostomidae: Ancylostoma duodenale ou Nectaor Americanus.
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Contaminação: A contaminação com o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus se dá através de contato direto da pele com o solo contaminado ou por ingestão acidental da larva presente no ambiente (geralmente por mãos contaminadas pelo solo que vão à boca sem terem sido lavadas).
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O ciclo de vida: Indivíduos com ancilostomíase eliminam diariamente milhares de ovos do parasita em suas fezes. Em locais com saneamento básico precário, essas fezes contaminam o solo. Se os ovos do ancilostomídeo forem depositando em um local úmido, quente e sem exposição direta à luz solar, eles conseguem dar origem a larvas que, após cerca de 7 dias no ambiente, amadurecem e tornam-se capazes de infectar o ser humano.
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Após penetrar a pele, a larva alcança os vasos sanguíneos e viaja até os pulmões, onde permanecerá por alguns dias. Quando o paciente tosse, o parasita pode ser lançado em direção à cavidade oral, sendo, então, engolido. Se a contaminação inicial não tiver sido pela pele, mas sim por ingestão da larva, essa primeira parte do ciclo não existe, indo o parasita diretamente para o trato gastrointestinal.
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Ao ser engolida, a larva passa pelo estômago e se aloja no intestino delgado, onde irá amadurecer até a forma adulta do verme. Lá, cada ancilostomídeo ingerido se adere à mucosa e passa a ingerir o sangue do hospedeiro.
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Cinco a oito semanas após o paciente ter sido contaminado pela primeira vez, a fêmea passa a produzir milhares de ovos, que serão lançados ao ambiente pelas fezes, reiniciando o ciclo de vida do parasita.
Sintomas:
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Coceira no lugar da penetração do verme;
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Náusea;
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Diarreia;
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Cólicas;
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Anemia;
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Desnutrição.
Medidas profiláticas:
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Condições adequadas de saneamento básico;
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Higiene pessoal.
Tratamento:
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Vermífugos;
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Educação sanitária.
Ascaridíase:
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A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino. Ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário. Este patógeno, conhecido como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento.
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Contaminação: Se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas.
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Ciclo de vida: Uma vez ingeridos, os ovos de Ascaris maturam e liberam as larvas no intestino. Cada larva migra através da parede do intestino delgado e é conduzida pelos vasos linfáticos e pela corrente sanguínea aos pulmões. Depois de estarem no interior dos pulmões, as larvas passam para os sacos de ar (alvéolos), deslocando-se para o aparelho respiratório, vão para a garganta, e são engolidas. A larva se desenvolve no intestino delgado, onde permanece como verme adulto. Eles vivem 1 a 2 anos. Os ovos colocados pelos vermes adultos são excretados nas fezes, desenvolvem-se no solo e começam o ciclo de infecção novamente, quando são ingeridos
Sintomas:
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Febre, tosse e respiração sibilante por conta da migração;
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Enjoo;
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Vômito;
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Dor e inchaço abdominal;
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Desnutrição.
Medidas Profiláticas:
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Lavar as mãos com água e sabão antes de manusear alimentos;
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Lavar, descascar e/ou cozinhar todos os legumes, verduras e frutas crus;
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Sistema de eliminação de esgoto;
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Ingerir somente água tratada;
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Não defecar em locais não apropriados.
Tratamento:
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Medicamentos anti-helmínticos.
Oxiurose:
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A oxiurose é causada pelo helminto Enterobius vermicularis. Os oxiúros são pequenos, de distribuição ampla, e ocorrem mesmo em populações onde o saneamento básico é satisfatório. Este animal parasita o intestino humano.
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Contaminação: As crianças são as principais vítimas da infecção, já que nem todas possuem, ainda, noção de saneamento básico. Assim, o ato de coçar a região e não lavar as mãos pode causar a reinfecção ou infecção de seus colegas. A ingestão de água e alimentos contaminados pelos ovos deste animal podem, também, causar a oxiurose.
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Ciclo de vida: Ao levar a mão contaminada à boca, os ovos vão até o intestino delgado, local onde são eclodidos. As larvas se encaminham até o intestino grosso, onde ficam até atingir a maturidade sexual. A reprodução ocorre neste local, após o ato, o macho morre. Como geralmente o deslocamento da fêmea do intestino até o ânus ocorre durante o sono de seu hospedeiro, a criança pode eliminar diversos ovos neste período, podendo comprometer mais pessoas, uma vez que a poeira domiciliar é responsável por grande parte das infecções.
Sintomas:
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Coceira na região anal;
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Diarreia;
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Náuseas;
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Cólicas;
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Vaginites;
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Esterilidade em casos mais sérios.
Tratamento:
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Lavagens intestinais;
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Vermífugos.
Medidas profiláticas:
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Higiene pessoal;
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Saneamento básico de alta qualidade.
Filariose:
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Também conhecida como elefantíase. Causada pelo nematóide Wuchereria bancrofti, através da picada do mosquito palheiroe da mosca varejeira, leva a uma inflamação no sistema linfático, fazendo com que o paciente desenvolva um edema em seus membros e em pontos como os seios e a bolsa escrotal.
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Contaminação: Ao picar o indivíduo, a larva presente no mosquito é transmitida e instala-se na corrente linfática, onde irá se desenvolver e procriar novos vermes. A pessoa infectada não passa a doença para outros, mas se um mosquito o picar pode contaminar-se e contaminar outros com a sua picada, mesmo que esta pessoa ainda não tenha manifestado todos os sintomas da doença.
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Ciclo de vida: As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos e da mosca Chrysomya conhecida como varejeira. Da corrente sanguínea elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial, começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para a cabeça do mosquito.
Sintomas:
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Acúmulo anormal de líquido nos braços,
pernas, seios e escroto;
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Febre;
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Dor de cabeça;
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Coceira na pele;
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Dor muscular;
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Mal-estar generalizado.
Tratamento:
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Vermífugos;
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Analgésicos;
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Técnicas que melhoram a drenagem do corpo.
Medidas profiláticas
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Telas nas janelas e portas;
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Usar repelente;
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Evitar deixar água parada.
EXERCÍCIOS:
Platelmintos e Nematódeos
Páginas 300 a 304
1. D
2. C
3. C
4. D
5. B
6. A
7. D
8. C
9. D
10. A
11. B
12. C
13. D
14. D
15. A
16. B
17. C
18. 2 e 3
19. B
20. C
21. 4 e 9
22. 2 e 1
23. 7 e 3
24. 5 e 8
25. C
26. B
27. D
28. A
29. A
30. 2 e 1
31. B
32. B
33. C
FILO ROTIFERA
Os Rotifera tem aproximadamente 2000 espécies descritas, com apenas 50 espécies marinhas. São seres que são capazes de suportar condições ambientais extremas. Já foram observados em águas termais e também em neve. Muitas espécies de água doce são capazes de sobreviver em ambientes salinos.
O nome do filo se da por conta da corona. A corona é uma coroa ciliada que atua na locomoção e na alimentação. Todos os sereves vivos desse filo possuem essa característica em comum.
Esse filo é dividido em 3 classes principais: Bdelloidea, Monogononta e Seisonidea. Esses seres podem ser filtradores, parasitas ou predadores de protozoários e de organismos da meia fauna. Esses animais são importantes na reciclagem dos nutrientes no meio aquático.
FILO MOLLUSCA: Moluscos
Os moluscos correspondem ao segundo maior filo do reino Metazoa com cerca de 100.000 espécies. São animais de vida livre, que vivem em ambientes terrestres e aquáticos, de água doce ou salgada. Sendo seus principais representantes os caramujos, caracóis, lesmas, lulas, polvos, náutilos, ostras, mexilhões, dentálios e quítons.
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
a) Corpo mole: Com nome derivado do latim mollluscus - por sua vez originário da palavra mollis = mole - os moluscos apresentam o corpo mole, revestido por uma epiderme glandular secretora e ciliada que dá à pele desses animais um aspecto macio e são geralmente revestidos por uma concha calcárea.
b) Corpo dividido em três partes:
- Cabeça: Com os gânglios cerebrais e órgãos sensoriais;
- Massa visceral: Com os órgãos internos
- Pé: Estrutura musculosa altamente desenvolvida que varia de acordo com a espécie, possibilitando a estes se deslocar, nadar, cavar ou capturar presas.
Além disso cabe destacar a presença do manto - um epitélio modificado e especializado – com função de proteção, respiração e secreção da concha.
Em algumas espécies a massa visceral e o pé são agrupados recebendo o nome de massa céfalo-pediosa.
c) Presença da rádula: Com exceção dos bivalves, os moluscos apresentam na base da boca uma estrutura chamada de rádula. Estrutura anatômica exclusiva deste filo que consiste em uma língua com inúmeras fileiras de dentículos quitinosos voltados para trás, usados para raspar o alimento.
d) Sistema Digestivo: Completo com digestão predominantemente extracelular, embora finalizada no interior da célula;
e) Sistema Circulatório: Presente do tipo aberto (lacunar) na grande parcela dos organismos e fechado exclusivamente nos cefalópodes;
f) Sistema Respiratório: Presente através da respiração branquial (Brânquias bipectinadas) ou pulmonar (com ocorrência na cavidade do manto dos gastrópodes)
g) Sistema Excretor: As excretas são encaminhadas para a cavidade do celoma que envolve o coração, como urina primária., de onde são retiradas, por um metanefridio, responsável pela a reabsorção de substâncias e sua transformação na urina final que será eliminada na cavidade do manto.
h) Sistema Nervoso: Composto por três ou quatro pares de gânglios nervosos ligados a nervos que se estendem por todo o corpo.
i) Sistema Reprodutor: A reprodução é sexuada, com espécies monóicas e dióicas. Em algumas o desenvolvimento é direto, e nas demais ocorrem estágios larvais. A fecundação pode ser externa ou interna.
j) Nutrição: Extremamente diversificada com espécies herbívoras, carnívoras predadoras, filtradoras (bivalves), detritívoras e parasitas de peixes.
CLASSIFICAÇÃO:
a) Classe Cephalopoda (Cefalópodes): Tendo as lulas e os polvos como representantes mais conhecidos, caracterizam-sepela organização corporal, com tentáculos ou pés com ventosas estão ligados diretamente a cabeça. Há apenas animais marinhos nesta classe. São predadores carnívoros e apresentam respiração branquial, sistema circulatório fechado, hemocianina como pigmento respiratório, sexos separados e fecundação interna, podendo ser providos de concha ou não.
b) Classe Gastropoda (Gastrópodes): Classe com maior número de espécies entre os moluscos. Seus principais representantes são os caracóis, caramujos e lesmas. Podem ter conchas presentes como no caso dos caracóis e caramujos ou ausentes, como nas lesmas e podem ser encontrados em ambientes dulcícolas, marinhos e terrestres. Podem ser hermafroditas ou possuir sexos separados. A fecundação é na maioria dos casos interna.
c) Classe Bivalvia (Bivalves): Também chamados de pelecípodes. Seus representantes são os mexilhões e as ostras. São animais marinhos ou de água doce, filtradores e alimentam-se principalmente de fitoplâncton e nutrientes em suspensão na água. São em sua maioria dioicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto. Destacam-se pela importância econômica com a produção de pérolas.
d) Classe Scaphoda (Escafópodes): Encontrados apenas em águas salgadas. São caracterizados por uma concha calcária aberta de dois lados em forma de cone. Seu representante mais conhecido são as concha-dente e seu tamanho pode variar de alguns milímetros até no máximo 15 centímetros.
e) Classe Polyplacophora (Poliplacóforos): São animais marinhos. Sua principal característica consiste na concha com oito valvas (oito partes sobrepostas) de forma a cobrir praticamente todo o corpo. Não possuem olhos ou tentáculos e alimentam-se principalmente de algas e nutrientes presos em substratos. Seus principais representantes são os quítons e podem ser encontrados desde águas rasas até grandes profundidades.
f) Classe Aplacophora (Aplacóforos): São animais vermiformes. Sua principal característica é a presença de uma espícula calcária da forma a esse animal. Não possuem pés ou tentáculos sendo geralmente encontrados a mais de 80 metros de profundidade.
g) Classe Monoplacophora: A principal característica desse animal é a presença de uma placa única que cobre seu corpo. São animais encontrados apenas em grandes profundidades.
IMPORTÂNCIA PARA O HOMEM:
Quanto a importância desse filo para o homem destaca-se a saúde pública, visto que muitos desses animais são hospedeiros intermediários de parasitas causadores de doenças em humanos; a alimentação (ostras, lulas, polvos e escargot); importância ecológica como polinizadores e ciclagem de nutrientes.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
https://segundocientista.blogspot.com/search?q=Mollusca
https://www.youtube.com/watch?v=OrwpVJXvMqg
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/biomoluscos.php
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/filo-mollusca.htm
https://planetabiologia.com/filo-dos-moluscos-caracteristicas/
ANELÍDEOS
Os anelídeos levam esse nome por causa de sua estrutura, que é semelhante a diversos anéis colados. O corpo dos anelídeos é cilíndrico, alongado, segmentado e, muitas vezes, há a presença de cerdas (veremos o que são adiante). O filo inclui minhocas, vermes marinhos e sanguessugas. São encontrados em ambientes aquáticos, de água doce ou marinha, e também na terra.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
1.1. TRIBLÁSTICOS – Possuem três folhetos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme. Respectivamente, dão origem a epiderme, os músculos e revestimentos do celoma, e o intestino.
1.2. CELOMADOS – Possuem cavidade corporal revestida pela mesoderme. O celoma dos anelídeos é denominado de esquizoceloma, ou seja, surge como um espaço na mesoderme. O celoma verdadeiro torna possível a presença de certos órgãos internos ao organismo.
1.3. CUTÍCULA – Secretada pela epiderme, formada pela ectoderme, a cutícula tem a importante função de proteger o animal contra ácidos, desidratações, choques mecânicos e organismos patogênicos. Com o tempo a cutícula precisa ser trocada por uma mais nova, num processo denominado de ‘’muda’’.
1.4. SIMETRIA BILATERIAL – Possuem um eixo que divide o corpo do animal em dois lados simétricos
1.5. SEGMENTAÇÃO / METAMETRIA – O corpo dos anelídeos são segmentados em porções similares, os metâmeros. A segmentação é externa e interna, uma vez que divide o celoma em diversas partes.
1.6. CERDAS – Expansões nas partes ventral ou lateral do animal que auxilia na locomoção, que pode ser por movimentos peristálticos (alongando e contraindo alternadamente grupos de segmentos aplicando pressão sobre diferentes zonas do líquido celomático), representados na imagem 1, ou serpenteantes (movimentos em forma de ‘’S’’ promovido pela contração e distensão dos músculos longitudinais), representados na imagem 2. Importante ressaltar que os hirudíneos não possuem cerdas. Se locomovem com a utilização das duas ventosas alternadamente, em um mecanismo conhecido por ‘’mede-palmos’’, representado na imagem 3.
Imagem 2.
Imagem 3.
Imagem 1.
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1.7. SISTEMA DIGESTÓRIO – Possuem sistema digestório completo, apresentando boca, papo, moela, intestino e ânus. O papo tem o papel de reservar, momentaneamente, o alimento ingerido. A moela é encarregada pela trituração do alimento antes de sua entrada no intestino. A boca de diferentes espécies tem grande caráter de especialização, uma vez que os poliquetas, predadores, possuem fortes mandíbulas, as sanguessugas possuem uma ventosa oral que se fixa na pele do seu hospedeiro, entre outras especializações.
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1.8. SISTEMA CIRCULATÓRIO – Possuem sistema circulatório fechado, ou seja, pelos vasos vasculares que se interligam e os vasos segmentados, o sangue, dotado de hemoglobinas, percorre.
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1.9. SISTEMA RESPIRATÓRIO – Possuem respiração cutânea e branquial. Na respiração cutânea, as trocas gasosas são realizadas pelas próprias células, na epiderme, por difusão. Já na respiração branquial, que ocorre somente em alguns anelídeos altamente vascularizados, os vasos sanguíneos funcionam como brânquias.
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1.10. SISTEMA NERVOSO – O sistema nervoso é formado por um par de gânglios nervosos cerebrais que funcionam como um polo nervoso coordenador. Partindo desses dois gânglios nervosos, possuem um anel de cordões nervosos longitudinais que se conectam com gânglios nervosos ventrais em cada segmento. Forma-se assim uma rede nervosa.
REPRODUÇÃO
A reprodução pode ser de forma assexuada ou sexuada. Varia de grupo para grupo. Com exceção dos poliquetas, que são dioicos, os demais anelídeos são monoicos (hermafroditas). Os monoicos possuem desenvolvimento direto, ou seja, dispensa estágio larval. Já os dioicos possuem desenvolvimento indireto, ou seja, há estágio larval. A larva denomina-se trocófora. No caso dos monoicos, como a minhoca, existe uma porção do corpo que auxilia na reprodução, o clitelo. É um anel claro que libera um muco que ajuda na fixação de duas minhocas no momento da fecundação que é cruzada e externa.
CLASSIFICAÇÃO
3.1. OLIGOQUETAS – Possuem poucas e curtas cerdas, são hermafroditas, encontradas em meio aquático ou terrestre úmido. Exemplos: minhocas, tubifex e minhocuçu.
3.2. POLIQUETAS – Possuem muitas e evidentes cerdas, vivem no meio aquático. Exemplos: nereis e tubícolas.
3.3. HIRUDÍNEOS – Não possuem cerdas, vivem no meio aquático ou terrestre úmido e são hermafroditas. Exemplos: sanguessugas.
IMPORTANCIA ECOLÓGICA DA MINHOCA
As minhocas vivem no solo, especialmente em áreas com cobertura vegetal, matéria orgânica abundante e muita umidade. Elas são reconhecidas pela sua importância no solo, pois cavam túneis e galerias que permitem a penetração do ar e da água na terra. Isso facilita o desenvolvimento das raízes das plantas. Além de ingerirem material orgânico do solo, também eliminam as fezes, contribuindo para a fertilidade com a produção do húmus.
ARTRÓPODES
O filo Arthropoda é o mais numeroso do reino animal, representado por animais como as aranhas (aracnídeos), formigas (insetos), os caranguejos (crustáceos), as centopeias (quilópodes) e os piolhos-de-cobra (diplópodes). São seres triblásticos, celomados (esquizocelomado) protostômios e que contém simetria bilateral.
Características:
Exoesqueleto: Tem origem epidérmica e é formado por quitina, que dá rigidez e impermeabilidade. Limitando assim o crescimento que só ocorre periodicamente.
Muda: Quando o artrópode se desfaz do exoesqueleto velho é denominado muda ou ecdise. No qual o novo exoesqueleto fica temporariamente mole e pouco resistente, permitindo o crescimento.
Apêndices articulados: São patas e antenas, que possibilita movimentos. Essa é característica que identifica e diferencia os artrópodes dos outros e dá o nome ao grupo, do grego arthros: articulação e podos: pés.
Artoprodização: Fusão dos metâmeros e a formação de peças maiores (teoria do surgimento dos artrópodes através de anelídeos ancestrais).
Anatomia e Fisiologia
Sistema digestório: O sistema digestório é completo, com peças bucais (mandíbulas, quelíceras, entre outras) adaptadas à alimentação, tubo digestório com regiões diferenciadas e glândulas acessórias. Digestão extracelular.
Sistema circulatório: O sistema circulatório é lacunar, com um coração dorsal que bombeia a hemolinfa (líquido sanguíneo) por espaços dentro do corpo.
Sistema respiratório: O sistema respiratório varia de acordo com o grupo: nos crustáceos é feita por brânquias realizando as trocas gasosas entre a água e a hemolinfa, nos insetos é por traqueias, que levam o ar direto aos tecidos e nos aracnídeos por filo traqueias.
Sistema nervoso: O sistema nervoso é constituído por um par de gânglios cerebrais e um cordão nervoso ventral com pares de gânglios distribuídos por segmento.
Reprodução: A reprodução é sexuada e a maioria dos artrópodes é dioica. Em geral, nos crustáceos a fecundação é externa e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto com vários estágios larvais, sendo que nos insetos o desenvolvimento pode ser direto ou indireto com ocorrência de metamorfose completa ou gradual, nos insetos e aracnídeos a fecundação é interna.
Desenvolvimento:
Pode ser divido em 3 tópicos: o ametábolos, hemimetábolos e holometábolos.
Ametábolos: A partir do ovo sai um indivíduo pequeno, mas com todas as características do adulto.
Hemimetábolos: A partir do ovo eclode um indivíduo semelhante ao adulto mas sem as asas (características do adulto).
Holometábolos: A partir do ovo até o estágio adulto passa por diferentes instares (ovo - larva - pupa - imago ou adulto).
Classificação
Crustáceos: São exemplos o camarão, a lagosta, o caranguejo, entre outros. A maioria dos crustáceos são aquáticos, principalmente marinhos. Seu corpo é formado por abdome e cefalotórax. Na região anterior, há dois olhos, dois pares de antenas com função sensorial e 5 pares de patas. No abdome se encontra patas mais curtas e parecidas com remos que permitem nadar. No cefalotórax há também as brânquias, protegidas pela carapaça. Tendo a sua fecundação interna e o desenvolvimento ametábolos.
Aracnídeos: Os aracnídeos incluem as aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros. Apresentam quatro pares de patas e não possuem antenas. O seu corpo apresenta cefalotórax e abdome. Sua digestão é extracorporal e em sua maioria são dioicos. A fecundação é interna, porém algumas fêmeas de ácaro põem ovos que se desenvolvem sem fecundação. Tendo o seu desenvolvimento direto e indireto.
Insetos: O corpo do inseto é divido em cabeça, tórax e abdome. Na cabeça se encontra a boca, com apêndices adaptados ao alimento e também estruturas sensoriais como um par de olhos não pedunculados e um par de antenas, no tórax, que tem três segmentos e é o centro locomotor, há três pares de pernas, um por segmento. A maioria dos insetos possuem um ou dois pares de asas. O abdome apresenta importantes estruturas, como o intestino, o coração entre outros. Na lateral estão os espiráculos. Os insetos são dioicos, possuem a fecundação interna e o seu desenvolvimento se encaixa nos três tipos.
Miriápodes: Esse grupo é constituído de animais com muitas patas, sendo mais conhecidas a classe dos diplópodes, que contém dois pares de patas em cada segmento e entre eles estão o piolho de cobra ou embuá, e dos quilópodes, que contém um par de patas em cada segmento, entre eles, a lacraia ou centopeia.
EXERCÍCIOS
PORÍFEROS
1) (10 escores) Faça um esquema do corpo de uma esponja em seu caderno e coloque os nomes nas estruturas constituintes e dê a função de cada uma dessas estruturas.
A água adentra o corpo do animal pelos poros em seu corpo. Ela alcança então uma cavidade chamada de átrio. A parede do corpo é revestida externamente por células achatadas que formam a epiderme. Já por dentro, a parede do corpo é revestida por células denominadas coanócitos.
Cada coanócito possui um longo flagelo. O movimento dos flagelos promove o fluxo de água do ambiente para o átrio. Na água estão misturados restos orgânicos e microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos.
Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.
2) (2) Descreva a digestão nesses organismos. (Faça um esquema em seu caderno da digestão intracelular nesses organismos e explique todo o processo).
Como não possuem sistema digestório, a digestão dos poríferos acontece de forma intracelular. Se alimentam de partículas em suspensão na água, que entram pelos poros junto com a água e caem no átrio e saem pelo ósculo. Quando entram ali, as partículas podem permanecer retidas nos coanócitos, que são células flageladas que promovem a movimentação e circulação de água no átrio da esponja. Esses fagocitam e digerem parcialmente as partículas que são enviadas para os amebócitos, que compõe a mesogleia. Os amebócitos, por sua vez, terminam a digestão e distribuem por todo o corpo.
3) (2) Cite a apomorfia desses animais e faça um esquema da mesma e dê os nomes das estruturas.
A apomorfia do filo Porifera é o coanócito, ou seja, a célula responsável pelo controle do fluxo de água e pela captura dos alimentos.
4) (4) Que características ancestrais os organismos do sub-reino PARAZOA compartilham com os do sub-reino EUMETAZOA?
Ambos não apresentam parede celular e tamvém podem se reproduzir sexuadamente.
5) (5) Construa um cladograma dos Metazoários e coloque as apomorfias relativo a cada ramo (clado) existente.
6)(4) Leia o texto abaixo: "Espongiose" de Ulisses dos Santos Pinheiro (2008) (acima), extraído de um importante trabalho sobre esponjas publicado na Revista Eletrônica do Museu Nacional e USP Ciências e responda as seguintes questões:
a) O que tem nas esponjas que pode causar irritações nos tecidos humanos?
Elas possuem minúsculas estruturas em forma de espinho podem penetrar na pele, causando irritação, vermelhidão, inchaço, coceira e dor.
b) Após ler o texto, pesquise para que serve a sílica atualmente para nós humanos.
Os saquinhos de sílica-gel são dessecantes, absorvem a umidade e prolongam a vida útil dos objetos. Por isso, são colocados em caixas ou outros recipientes de produtos sensíveis à umidade.
c) Como é chamada a doença causada pelas esponjas?
Espongiose
7) (4) O tamanho e a forma das esponjas variam muito, entretanto, o fluxo de água no interior das espojas sempre segue o seguinte sentido: poros → átrio → ósculo.
Baseando-se nas informações acima, no esquema e no seu conhecimento sobre o modo de vida dos poríferos, explique a importância ecológica das esponjas para a saúde dos ambientes aquáticos justificando a indicação.
Os poríferos possuem grande importância ecológica – fazem simbiose com organismo fotossintéticos, vivem em águas rasas e claras, aumento na taxa metabólica entre 33% e 80%. Abriga grande comunidade de organismos aquáticos.
8) (3) Uma esponja é capaz de movimentar um volume de água considerável. Estudos mostram que algumas esponjas grandes (2m3 de volume e um poro com 50 micrômetros de diâmetro) podem bombear seu próprio volume em água a cada 20 segundos. Sendo assim, que volume de água essa esponja bombeará em 1minuto?
6 metros cúbicos de água
9) (5) Descreva através de um esquema o desenvolvimento embrionário dos metazoários, salientando sua apomorfia.
10) (3) Explique por que o tamanho das esponjas não pode ser muito grande.
O tamanhp das esponjas são limitados por conta do seu mecanismos de captura e digestão de alimentos.
CNIDÁRIOS
a) Explique a reprodução dos cnidários.
b) Pinte de amarelo ou circule a fase medusoide
c) Destaque (pinte a larva de cor verde.
d) Que tipo de reprodução esta ocorrendo nesse organismo? Explique detalhadamente.
e) A que filo pertence esse organismo e a qual dos subreino, explique.
f) Explique a digestão nesse organismo.
g) Faça um esquema da parede do corpo desse animal e indique o nome e as funções de todas as estruturas.
a) Os cnidários podem apresentar reprodução assexuada e sexuada.
A reprodução assexuada ocorre por brotamento. Na superfície do corpo existem brotos que ao se desenvolverem, desprendem-se e originam novos indivíduos. Esse tipo de reprodução é comum em hidras de água doce e em algumas anêmonas marinhas.
A reprodução sexuada possível graças a existência de cnidários dióicos ou monóicos. Nesse tipo de reprodução, há formação de gametas masculinos e femininos. O macho libera seus espermatozóides na água, os quais fecundam o óvulo feminino, presente na superfície corporal. Porém, o mais comum é os gametas se encontrarem na água, ocorrendo a fecundação externa. O zigoto se desenvolve e não existe fase larval.
Alguns cnidários podem apresentar alternância de gerações. Eles apresentam uma fase de pólipo, em que apresentam reprodução assexuada e outra fase de medusa, com reprodução sexuada.
b) Neymar com estrela amarela destaca a fase medusóide.
c) Neymar com estrela verde destaca a larva.
d) Diversas espécies de cnidários possuem uma forma de reprodução conhecida por alternância de gerações, em que as medusas, que são sexuadas, dão origem aos pólipos, e estes, por sua vez, dão origem às medusas por reprodução assexuada.
e) As medusas masculinas liberam seus espermatozoides na água e as medusas femininas podem liberar os óvulos na água, ou retê-los no interior do corpo. Esses óvulos são fecundados pelos espermatozoides, originando uma larva ciliada chamada plânula, que nada livremente até fixar-se em qualquer objeto submerso, crescendo e transformando-se num pequeno pólipo que se reproduz assexuadamente por brotamento, dando origem a uma nova colônia.
f) A boca separa o intestino do meio externo, já que esses animais não são mais filtradores. Isso fez com que diferenciasse um ambiente interno: a cavidade gastrovascular onde inicia a digestão com enzimas digestivas.
A digestão inicia no intestino e termina nas células epitélio-digestivas; assim esses organismos apresentam ambas: digestão extracelular e intracelular. A cavidade gastrovascular tem a função de digestão e circulação de nutrientes.
g)
PLATELMINTOS
Observe o esquema de uma planária
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Dê os nomes das estruturas numeradas 1, 2 e 3.
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Gânglios Cerebrais
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Ocelos
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Cavidade gastrovascular
2) Cite 3 características desse filo, que contribuíram para o surgimento dos demais filos.
Foi o primeiro filo a ter mesoderme, responsável por originar os músculos e órgãos mais complexos o que indica que esse filo contribui para o surgimento de outros filos. A locomoção desses animais foi facilitada por apresentarem simetria bilateral, que também aumenta a precisão de seus movimentos e a probabilidade de escaparem de predadores. Outra vantagem é o fato de possuírem ocelos, estrutura que é responsável pelo surgimento dos olhos em organismos dos filos que derivaram dos platelmintos.
3) Explique como ocorre a digestão nesse organismo.
Os sistema digestório dos platelmintos é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não possuindo ânus. A digestão pode ser intra ou extracelular. O que não é utilizado na digestão é eliminado pela boca.As planárias possuem a boca na região ventral e uma faringe protátil ,o que facilita a captação de alimento, sugando. As tênias não possuem sistema digestório, se alimentam por difusão, absorvendo os nutrientes pré-digeridos do hospedeiro.
4) Apresente o ciclo de vida do verme que causa a teníase (boi ou porco) e mostre onde podemos intervir para evitar a contaminação por esse verme:
Para evitar de contrair a doença, preare bem a carne antes de ingerir.
5) Explique como é causada a cisticercose.
Ocorre quando o ser humano ingere ovos de tênia e vira hospedeiro intermediário. As larvas perfuram o intestino e caem na corrente sanguínea para mais tarde se alojarem no coração ou no cérebro do hospedeiro.
6) Por que o porco ou a vaca não desenvolvem teníase?
Pois apenas animais carnévoros ou onívoros desenvolvem a doença. A tênia necessita de carne para se alimentar e sobreviver dentro do organismo do hospedeiro.
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Na abertura desse capítulo é mostrado o ciclo de vida de uma Taenia spp. descreva esse ciclo explicando os pontos onde podemos atuar para evitar que os humanos se infectem com esse parasita.
Alimentos contaminados - Ingestão do alimeto contaminado - Ovo libera larva no intestino – Larvas quebram barreira intestinal e caem na corrente sanguínea – Larvas chegam no pulmão.
Se o homem tivesse preparado a carne corretamente nada disso teria ocorrido.
2. A que filo pertence esse verme?
Platelmintos.
3. Cite 4 característica desse filo:
Pseudocelomados, têm simetria bilateral, triblásticos e não são segmentados.
NEMATÓIDES
1. Construa o ciclo de vida do Ascaris lumbricoides e indique os pontos de profilaxia.
Medidas Profiláticas:
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Lavar as mãos com água e sabão antes de manusear alimentos;
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Lavar, descascar e/ou cozinhar todos os legumes, verduras e frutas crus;
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Sistema de eliminação de esgoto;
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Ingerir somente água tratada;
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Não defecar em locais Inapropriados.
2. Construa o cliclo de vida do Ancylostoma duodenale, indique os pontos de profilaxia.
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Condições adequadas de saneamento básico;
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Higiene pessoal.
3. Observe o mapa da distribuição dos Helmintos (Nematoda) e proponha uma maneira de erradicar esse flagelo do nosso país.
Observando o mapa, percebe-se que os helmintos são um problema de saúde pública apenas nos países Subdesenvolvidos, com poucos nos países desenvolvidos. Esta distribuição dos casos de verminoses é um reflexo direto das condições de higiene e principalmente, saneamento básico – sendo essa a maneira de erradicar as doenças causadas por Helmintos no país.
MOLUSCOS
1. Leia a reportagem sobre malacocultura no link (https://agro20.com.br/ostra/) e descreva a importância da ostra para economia e para o homem.
R: As ostras têm valor nutritivo altíssimo, compreendendo cálcio, fósforo, ferro, iodo e vitaminas (A, B1, B2, C e D), proteínas e zinco. Possuem baixo teor de gordura e são capazes de auxiliar o organismo no combate à anemia. A criação de ostras não é uma atividade muito explorada em âmbito nacional, porém pode trazer bons retornos aos criadores litorâneos, pela criação apresentar baixo custo. No Brasil, Santa Catarina é o estado de maior produção.
2. Cite a importância dos moluscos em geral para o ser humano.
R: Os moluscos são ricos em proteínas, vitaminas e minerais essenciais ao nosso organismo. Além de servirem para controle de doenças e serem importantes para a economia de um país.
3. Esquematize o arquétipo de um molusco e coloque o nome de suas partes.
4. Cite as características e inovações do filo Mollusca.
R: O filo dos moluscos compreende animais de corpo mole, dotados de conchas feitas de calcário e simetria bilateral. Habitam o ambiente terrestre e marinho. Corpo dividido em: cabeça, massa visceral e pés. Os órgãos do sistema nervoso ficam na cabeça e os do sistema digestivo, excretor, reprodutor, circulatório e respiratório na massa visceral.
5. Complete a tabela (abaixo) e poste no seu blog
ARTRÓPODES
1. Leia a tirinha de Fernando Gonzales abaixo e explique qual o contexto da tirinha sob o ponto de vista do desenvolvimento dos artrópodes.
R: Bem como a borboleta, o besouro tem desenvolvimento indireto, ou seja, apresenta fase larval.
2. (Fuvest-SP) Metamorfose é a transformação do estágio jovem para o adulto. Alguns insetos têm metamorfose completa (holometábolos), em outros a metamorfose é incompleta (hemimetábolos). Quais insetos exemplificam o primeiro e o segundo tipo de metamorfose, respectivamente?
a) Gafanhoto e libélula.
b) Borboleta e barata.
c) Mariposa e abelha.
d) Percevejo e mosquito.
e) Besouro e mosca.
R: Letra B
3. (UEL-2004) Anelídeos e artrópodes possuem características anatômicas e fisiológicas comuns, o que reforça a hipótese de parentesco evolutivo entre esses grupos de invertebrados. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, duas dessas características comuns:
a) Cordão nervoso dorsal e respiração cutânea.
b) Cordão nervoso ventral e corpo segmentado.
c) Vaso sanguíneo dorsal e respiração traqueal.
d) Vaso sanguíneo ventral e corpo segmentado.
e) Cordão nervoso ventral e vaso sanguíneo ventral.
R: Letra B
4. (Unesp) Uma determinada moléstia que pode causar lesões nas mucosas, pele e cartilagens é transmitida por um artrópode e causada por um protozoário flagelado. Os nomes da doença, do artrópode transmissor e do agente causador são, respectivamente:
a) leishmaniose, mosquito anófeles e Leishmania brasiliensis.
b) úlcera de Bauru, mosquito cúlex e Plasmodium vivax.
c) doença do sono, mosca-tsé-tsé e Trypanossoma cruzi.
d) doença de Chagas, barbeiro e Trypanossoma gambiensis.
e) úlcera de Bauru, mosquito flebótomo e Leishmania brasiliensis.
R: Letra D
5. (FUVEST)
a) Dê duas características comuns aos crustáceos, insetos e aracnídeos.
b) Dê uma característica própria de cada um desses grupos.
R: a) Corpo segmentado, exoesqueleto de quitina, apêndices articulados.
b) Crustáceos: 5 pares de pernas, 2 pares de antenas;
Insetos: 3 pares de pernas e 1 par de antenas;
Aracnídeos: 4 pares de pernas, ausência de antenas, presença de quelíceras e pedipalos.
6. (UNESP) Insetos e crustáceos pertencem ao filo Arthropoda. Descreva três características que os diferenciam.
R: Insetos possuem 3 pares de pernas, 1 par de antenas e corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen. Já os crustáceos apresentam 5 pares de pernas, 2 pares de antenas e corpo dividido em cefalotórax e abdômen.
7. (UNESP) - O camarão e a abelha são animais pertencentes ao mesmo filo, embora separados em classes distintas. Cite:
a) duas características que permitam agrupá-los no mesmo filo;
b) duas características que os separam em classes distintas.
R: a) Ambos possuem apêndices articulados e corpo segmentado.
b) Diferem-se enquanto ao número de pernas, antenas e forma de segmentação do corpo. O camarão possui 5 pares de pernas e 2 pares de antenas. Já a abelha possui 3 pares de pernas e 1 par de antenas.
8. (FUVEST) Os animais que conversam na tira abaixo pertencem ao filo dos artrópodes. Apesar de caricaturas, é possível perceber três características externas que os distinguem de qualquer inseto.
a) A que classe pertencem os animais citados?
b) Quais as três características de sua morfologia externa que os distinguem dos insetos?
R: a) O animal pertence à classe dos aracnídeos.
b) Possuem 4 pares de pernas, não possuem antenas e seus corpos são divididos em cefalotórax e abdômen.